Escola Tom Sobre Tom

Escola de música em Pinheiros e Vila Madalena

Dalcroze – Momento III

Emile Jaques Dalcroze Escola de Música em Pinheiros e Vila Madalena

Dalcroze – Momento III

O solfejo:

É o estudo da Melodia e da Harmonia. Da mesma forma que o corpo é usado como o instrumento natural rítmico, a voz é usada como o instrumento natural tonal, e por conseqüência disto como veículo de expressão no treinamento de solfejo no Método Dalcroze.

Um bom ouvido é essencial para um bom músico, assim o objetivo é treinar as pessoas a “ouvir melhor”, desenvolver uma escuta apurada. É dada ênfase no canto. Os alunos experimentam tonalidades com suas vozes. É uma parte crucial no processo, em todas as idades. Vi no Instituto Jaques Dalcroze, em Genebra, as crianças cantando as escalas e os acordes em diferentes tonalidades, com grande naturalidade, ou seja, parte do processo, desde cedo.

Desde a construção de escalas, acordes, cadências, intervalos, inversões, modulações, tudo é foco de estudo, sendo que estes assuntos, sempre estão vinculados à experiência corporal e rítmica do Método Dalcroze. 

Sabemos que escrever e ler música é um desafio, e de suma importância para quem estuda música. Mas o que faz o estudo da notação musical no método Dalcroze ser única?  É que a aquisição da leitura e da escrita nunca é desvinculada do ouvido. Símbolos por si só não criam sons. O treinamento desenvolve o ouvido interno.

A pessoa verdadeiramente musical precisa ser capaz de ouvir internamente o que está impresso na folha de papel. Desta forma os alunos de todas as idades e de todos os níveis, aprendem a cantar à primeira vista, assim como reconhecer os sons de ditados melódicos e harmônicos.

Exercícios de solfejo são ritmicamente apresentados e executados. Seja através da entoação, da escrita e da rítmica corporal. Eles são originais, são inventados. Criatividade de ambas as partes, professores e alunos, é uma aquisição e um requisito.  

Emile Jaques Dalcroze escola de musica em pinheiros e vila madalena
Emile Jaques Dalcroze

A improvisação: 

Segundo a metodologia de Jaques Dalcroze, a improvisação é a consolidação de toda a experiência. Seja através da rítmica e do solfejo, da expressão e do movimento, seja através da voz e/ou instrumento. Faz-se uma grande quantidade de experiências na improvisação com a voz. Assim como com o corpo e com a percussão. A improvisação sempre está relacionada com o movimento, com a expressão que se pode obter através do corpo. 

A improvisação ao piano ganha destaque nesta pedagogia. E aqui, novamente, toda a vivência através dos exercícios experimentados em suas aulas, nos dá os elementos necessários para determinar os elementos rítmicos, a harmonia, a linha melódica, as articulações, fraseados, respirações. 

Aqui quero lembrar uma das primeiras frases de impacto que ouvi do professor Dr. Robert Abramson, em aulas em que fui sua aluna na Juilliard School, NY, USA, a que ele chamava de básica premissa da Rítmica:

A tradução seria mais ou menos assim… para cada som há um movimento pessoal e apropriado que serve à este e para cada movimento há um som pessoal e apropriado que serve à este.


Por Clises Marie Carvajal Mulatti – Certificate in Piano Pedagogy with Suzuki Emphasis, Holly Names College, CA, USA. Cursos da Pedagogia Dalcroze, The Julliard School, New York-USA com Bob Abramson; Institut Jaques Dalcroze, Geneve-CH; Longy School of Music, Massachusetts, USA com Lisa Parker; Dalcroze Workshops at Carnegie Mellon University, Pittsburg, Pennsylvania-USA, com Marta Sanchez. Cursos com Iramar Rodrigues, professor do Instituto Jaques Dalcroze, Genebra, realizados em São Paulo, Brasil.

Professora de Piano, Piano Suzuki e Curso de Jogos e brincadeiras musicais Tom sobre Tom – Escola de Música.