Escola Tom Sobre Tom

Escola de música em Pinheiros e Vila Madalena

A música e o cérebro, eis a questão

Por anos tenho pesquisado e me atualizado nos mecanismos em que o aprendizado musical acontece. E esse processo acontece como uma grande comunicação entre todas as áreas do cérebro. Sendo uma questão que pode ser abraçada a todas as idades.

A partir do momento que o som atinge o nosso sistema auditivo, é conduzido ao cérebro, quando outras áreas são ativadas. Dentre elas, as áreas responsáveis pelas nossas emoções, pela memória e pela concentração. A exposição constante a estes estímulos, turbina o nosso cérebro.

Este é um efeito que causa um tremendo impacto na primeira infância. Quando os neurônios se comunicam e se multiplicam em uma fase única do crescimento, que é no momento que a criança está descobrindo o mundo à sua volta, observando e absorvendo aquilo que a rodeia. Importante lembrar que nesta fase ela está aberta ao aprendizado das línguas e da música, que é sem dúvida uma linguagem.

Durante o crescimento, ainda na fase infantil, a criança continua bastante observadora e com isto aprendendo prodigamente. Aproveitar cada fase do crescimento infantil é precioso. Conforme vão crescendo com o sentimento de sucesso, a autoestima se engrandece e a criança se torna cada vez mais capaz de enfrentar desafios, seguir regras, que têm objetivos e trazem conquistas.

Quanto aos efeitos causados através da musicoterapia, a música é utilizada como ferramenta auxiliar em diversos tipos de tratamentos, com efeitos terapêuticos.

Crianças com desafios especiais, como disfunções cerebrais, autismo, déficit de atenção, podem se beneficiar com a música como auxiliar nestes tratamentos. Os desafios enfrentados neste caso, são também sentidos pelos professores, pais, cuidadores de forma geral. Que precisam encará-los como uma forma de crescimento para todos.
E desta forma a curiosidade, a especialização, a atualização para todos é de grande importância.

A música e o cérebro, eis a questão

Em todas as fases da vida, especialmente na vida adulta, a música pode causar bem-estar na medida que nos sensibiliza, nos acalma, nos concentra ou nos dá vontade de nos movimentarmos e dançar. Vocês já ouviram depoimentos de pessoas que se concentram melhor e trabalham com um fundo musical? Isto acontece com médicos, cientistas, escritores, pintores e toda sorte de profissões que necessitam de criatividade e concentração. Na verdade, na atualidade não consigo pensar em nada, que prescinda destes dois elementos, ou pelo menos da criatividade com saber e inovação.

Adotar o aprendizado musical na fase madura, a qualquer tempo, tendo a música como companheira, nos ajuda a viver melhor.

Praticar um instrumento, cantar, faz com os pensamentos se afastem dos problemas que nos afligem e que trazem consequências ruins para o nosso equilíbrio pessoal.

Você sabia que a Música por si só propõe uma forma alternativa de organizar aquelas ideias confusas, desorganizadas?

E ainda que, diferente da fala habitual, a música apresenta tempos e cadências distintas? Sendo assim, ouvi-la faz parte da construção de uma comunicação mais clara e assertiva. O poder de uma frase musical, da harmonia e dos ritmos que a compõe, vem sendo ao longo das últimas décadas, analisada sob este prisma.

Esta abordagem se popularizou através do livro Intitulado The Mozart Effect, Don Campbell, 1997- (O Efeito Mozart). Que mostra que ouvir a Música de Mozart, traria benefícios diversos, no desempenho de certos tipos de tarefas mentais conhecidas como raciocínio espaço-temporal. Onde ele demostra que a Música, – e não só a de Mozart, diga-se de passagem, beneficia mentalmente e fisicamente as nossas funções, melhorando os ouvintes em níveis cognitivos.

Ainda que sabendo dos benefícios através do aprendizado musical, gostaria de lembrar que na verdade, o que importa é fazer aquilo que soma e nos engrandece como seres humanos, lembrando que a busca da felicidade e desenvolvimento pleno como pessoas faz parte da nossa essência!


Por Clises Marie Carvajal Mulatti  

Professora de: Piano Popular e Clássico, Especialista em Pedagogia do Piano através do Método Suzuki, Criadora do Curso de Jogos e Brincadeiras Musicais através do Método Dalcroze, e Diretora da Tom sobre Tom – Escola de Música, com sede própria desde 1996, que completa este ano 27 anos de atividades em Pinheiros, São Paulo, Brasil.

Certificate in Piano Pedagogy with Suzuki Emphasis, Holly Names College, CA, USA. Participação em Festivais de Música em Lima, Peru e Santiago do Chile.

Estágio prático em aulas do Método Suzuki na School of Strings, New York, USA, Louise Behrend , Sheila Keats, Maria da Graça Pereira.

Cursos da Pedagogia Dalcroze, The Julliard School, New York-USA com Bob Abramson;

Participação em aulas e Congressos Institut Jaques Dalcroze, Geneve-CH;

Dalcroze Workshops Longy School of Music, Massachusetts, USA com Lisa Parker;

Dalcroze Workshops at Carnegie Mellon University, Pittsburg, Pennsylvania-USA, com Marta Sanchez.

Cursos com Iramar Rodrigues, professor do Instituto Jaques Dalcroze, Genebra, realizados em São Paulo, Brasil e em Genebra, CH.

Tradutora do livro Jogos Rítmicos para Cognição e Percepção, de Robert Abramson.