Escola Tom Sobre Tom

Escola de música em Pinheiros e Vila Madalena

O que despertou a minha curiosidade em relação ao Método Suzuki

Metodo Suzuki

O que despertou a minha curiosidade em relação ao Método Suzuki

Três jovens irmãos, na época com 17, 19 e 21 anos de idade que eu conheço, que moram em New York, e que possuem em comum a maior paixão que eu conheço em fazer música. Até este período eu ainda não tinha conhecido jovens com tanta musicalidade, com tanto prazer, capacidade e facilidade em expressar suas idéias musicais. Estes jovens levavam uma vida absolutamente normal, com todos os apelos da juventude da nossa época, e que sabem sentir no fato de fazer música, toda a satisfação que nada pode substituir.

Quando eu comecei a me interar desta estória toda, fiquei sabendo que a mãe destes meninos (professora de piano enquanto residia no Brasil) presenciava, ou melhor, participava das aulas assistindo-as na fase inicial do estudo destas crianças, e ela que nada entendia de violino, ao final de cada aula, recebia instruções no tocante à orientação que ela poderia dar aos filhos em casa. Coisas como ajudar a organizar o horário de estudo, ou corrigir um dedilhado antes que a criança fixasse o dedilhado errado, corrigir problemas de postura no instrumento.

Método Suzuki
As crianças, incluindo aqui os mais pequeninos, aprendem através da observação e da absorção daquilo que lhe é entregue através do ambiente que o circunda, como se dá o aprendizado da lingua materna.

Resultado prático, a criança chegava na aula com uma sensação de acerto e auto confiança que funcionavam para ela como gerador de Sucesso e Prazer. Em contra partida, restava para ser trabalhado em aula, a sonoridade, o fraseado, alguma correção rítmica, feeling, ou seja, o trabalho que somente o professor pode realizar.

O professor de música deixava de ser o Leitor de partituras juntamente com os alunos durante a aula, para trabalhar dentro do seu verdadeiro papel de passar o seu real conhecimento, em harmonia, análise, improvisação, transposição, além de ajudar a aprimorar um repertório.

O aluno tem todo o repertório básico a ser estudado, gravado em Cd por bons intérpretes. Repertório este que além de ouvir com freqüência, ou seja, diariamente, o aluno dedica-se em casa em copiar as músicas de ouvido: harmonia e melodia, trazendo a música praticamente exercitada para a aula.

UTOPIA?

Comecei a ler algumas coisas que comprei lá mesmo em New York… Assisti aqui no Brasil um workshop sobre o método em Flauta Doce, outro de Violino… Lá estavam presentes crianças que recebiam o mesmo tipo de treinamento que os meninos de NY haviam recebido.

Resolvi partir para um centro de treinamento para professores do Método Suzuki durante três semanas e conferir, na Califórnia, USA. Durante este período, recebi a orientação da Professora Caroline Fraser, Master in Music durante o período da manhã, assisti a recitais à noite ou na hora do almoço e observei as aulas de Master Classes no período da tarde, podendo ter uma idéia melhor de como trabalhar com os alunos na prática.

E foi assim que permaneci durante mais 3 anos viajando para Oakland, na Holy Names Colege, que hoje recebe o nome de Holy Names University, para completar o curso: “Piano Pedagogy with Suzuki Enphasis.”.


Por Clises Marie Carvajal Mulatti – Certificate in Piano Pedagogy with Suzuki Emphasis, Holly Names College, CA, USA. Cursos da Pedagogia Dalcroze, The Julliard School, New York-USA com Bob Abramson; Institut Jaques Dalcroze, Geneve-CH; Longy School of Music, Massachusetts, USA com Lisa Parker; Dalcroze Workshops at Carnegie Mellon University, Pittsburg, Pennsylvania-USA, com Marta Sanchez. Cursos com Iramar Rodrigues, professor do Instituto Jaques Dalcroze, Genebra, realizados em São Paulo, Brasil.

Professora de Piano, Piano Suzuki e Curso de Jogos e brincadeiras musicais Tom sobre Tom – Escola de Música.